A pandemia da Covid-19 causou perdas irreparáveis e mudanças drásticas no estilo de vida de pessoas que tiveram que se reinventar neste período. Em meio a esse caos, ao menos a sociedade pôde valorizar ainda mais o trabalho dos profissionais de saúde e conhecer mais de perto o uso da tecnologia nesse nicho, por meio da telemedicina.
Não se trata exatamente de uma novidade, mas a utilização de meios virtuais em momentos de limitação de locomoção e contatos físicos aprimorou as formas de consultas e de se fazer medicina com avanços que tendem a ser cada vez mais consolidados – e lapidados – daqui para frente.
Sem atropelar etapas, vamos lá. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a telemedicina é “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”.
E como isso funciona?
Em termos práticos, do ponto de vista do paciente, a telemedicina é responsável por conectar pacientes e profissionais de saúde sem que eles estejam fisicamente no mesmo ambiente. Ou seja, basta o acesso à Internet (seja por computador, tablet ou celular) para se consultar com o especialista e receber as primeiras impressões do profissional sobre o quadro apresentado.
Para que você consiga visualizar melhor, um exemplo corriqueiro: o paciente faz o relato de que está com tosse, febre ou outros sintomas gripais e o médico consegue avaliar se será necessária uma consulta presencial ou se a indicação do controle dos sintomas por medicamentos já é suficiente para curar a enfermidade.
Quais vantagens a telemedicina oferece?
Essa primeira avaliação pode resolver quadros triviais sem a necessidade de deslocamentos do paciente, que evitará o desgaste de enfrentar filas em hospitais ou clínicas. Além desse benefício individual, dinamiza também o atendimento de pacientes que obrigatoriamente precisam da avaliação presencial por apresentarem casos mais complexos.
Aqui vale fazer a ressalva e destacar que a telemedicina é uma ferramenta para agregar no desenvolvimento do setor de saúde como um todo, seja pela troca de experiência e conhecimento entre profissionais, por possibilitar atendimento mais abrangente e qualificado a um maior número de pessoas que não teriam acesso em condições normais, ou mesmo pela praticidade, dinamismo e conforto que citamos há pouco.
Mas, a medicina à distância é confiável?
Foi o próprio CFM quem regulamentou, no início de maio de 2022, a prática da telemedicina no Brasil, até então usada de forma emergencial no período de combate ao coronavírus ou de forma embrionária em hospitais de ponta no país.
Se a preocupação é com a confidencialidade do tratamento e a segurança de seus dados pessoais, também não há o que temer. Todas as instituições que prestam serviços de saúde com o uso da tecnologia precisam seguir normas rígidas de segurança virtual. É a tal da LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados, cada vez mais aprimorada para esta finalidade.
A tendência por priorizar a tecnologia é mundial e abrange qualquer setor da nossa vida atualmente. A boa notícia é que a telemedicina segue em constante evolução para suprir a crescente demanda, democratizar o acesso a um atendimento de qualidade e cuidar bem da saúde de todos.